Evento climático de muitas chuvas e ventos de até 100 km/h e o apagão de São Paulo

Em 3 de novembro, intensa chuva e ventos superiores a 100 km/h atingiram a região metropolitana de São Paulo (SP), resultando na queda de mais de 120 árvores e deixando um grande número de pessoas sem energia elétrica.

No contexto de alta repercussão midiática desse trágico incidente, é crucial tecer algumas ponderações técnicas.

As tarifas de energia atuais incluem planos de operação e contingência para situações extremas, mas não são dimensionadas para casos extraordinários. Fosse o contrário, o repasse tarifário dos valores se traduziria em ônus muito mais elevados para os consumidores.

Temos que as distribuidoras de energia se comprometem com a melhoria dos indicadores de qualidade, refletida nos últimos 15 anos, com uma média de 99,8% de disponibilidade de serviço no Brasil. A concessionária em questão agiu de forma proativa e resolutiva, buscando reconstruir a rede, normalizar o serviço e implementar melhorias operacionais.

Além disso, atuou de forma institucional na articulação parlamentar, pois requereu mudanças legislativas sensatas (que minoram os subsídios incabíveis nas contas de luz do consumidor final).

Dessa forma, é legítima a expectativa de que os eventos desta natureza não sejam explorados de forma sensacionalista (para além de suas dimensões fáticas).