Brics debate inteligência artificial inclusiva na educação básica

Os países do Brics, com destaque para o Brasil, discutiram os desafios e potencialidades das novas tecnologias na educação pública, em um seminário virtual organizado pelo Ministério da Educação (MEC). O evento, realizado em 25 de fevereiro, abordou a “Adoção ética e inclusiva da inteligência artificial na educação básica: compartilhando padrões”. Especialistas de países como China, Etiópia, Indonésia, Rússia, Emirados Árabes Unidos e África do Sul compartilharam suas experiências sobre o tema. Anita Stefani, diretora de Apoio à Gestão Educacional do MEC, destacou as estratégias do ministério, como cursos e referenciais de saberes digitais, para que a inteligência artificial (IA) amplie oportunidades educacionais sem comprometer a equidade. Ela enfatizou a importância de professores e gestores escolares se apropriarem criticamente do potencial tecnológico da IA, ressaltando a necessidade de adaptação curricular e formação contínua.

Fernando Filgueiras, diretor de Informações Estratégicas e Inovação da Secretaria de Gestão da Informação, Inovação e Avaliação de Políticas Educacionais (Segape) do MEC, destacou a diversidade de experiências sobre pesquisa, desenvolvimento e uso da IA na educação. Ele afirmou que todos os países estão buscando incorporar a IA nas escolas, com foco em como os professores podem utilizar a tecnologia para aprimorar a educação. Francisco Figueiredo de Souza, assessor especial para Assuntos Internacionais do MEC, ressaltou que o seminário deu continuidade a debates anteriores sobre ferramentas digitais na educação, realizados no âmbito do Brics. Ele destacou que a IA é uma prioridade para o Brics, sendo discutida em outros grupos de trabalho além do educacional, como os dedicados a emprego e ciências. Souza defendeu que as novas ferramentas devem corrigir desigualdades, em vez de aprofundá-las.

O professor Seiji Isotani, da Universidade de São Paulo (USP), também participou do evento, comentando sobre o contexto brasileiro. O seminário faz parte da agenda de atividades do MEC para os Brics, que culminará na reunião de ministros da Educação em junho. Para o MEC, a presidência brasileira do Brics-Educação é uma oportunidade para ampliar parcerias internacionais, explorar soluções inovadoras e compartilhar experiências com nações que enfrentam desafios educacionais semelhantes. O Brics, originalmente formado em 2009 por Brasil, Rússia, Índia e China, ganhou a adesão da África do Sul em 2011. Em 2024, novos membros foram anunciados: Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia e Irã, com a Indonésia aderindo em 2025. As reuniões ministeriais no campo educacional começaram em 2013, promovendo colaborações para enfrentar desafios comuns.

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