Painel Energia – Urbano Vitalino Advogados https://www.urbanovitalino.com.br Experiência em Serviços Jurídicos Fri, 23 May 2025 20:08:29 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.8.1 https://www.urbanovitalino.com.br/wp-content/uploads/2021/12/cropped-vela_favico-32x32.png Painel Energia – Urbano Vitalino Advogados https://www.urbanovitalino.com.br 32 32 Infraestrutura – Gás natural | Rota 3 entra em operação total e reforça segurança energética do país https://www.urbanovitalino.com.br/infraestrutura-gas-natural-rota-3-entra-em-operacao-total-e-reforca-seguranca-energetica-do-pais/ Fri, 23 May 2025 19:09:04 +0000 https://www.urbanovitalino.com.br/?p=34786 Em maio, o Ministério de Minas e Energia anunciou a entrada em operação completa do projeto Rota 3, após a conclusão do segundo módulo da Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN) do Complexo de Itaboraí (RJ). Com isso, o sistema alcança sua capacidade total de 21 milhões de m³/dia, tornando-se peça-chave para o escoamento da produção da Bacia de Santos.

O gasoduto, que interliga as plataformas do pré-sal ao continente, possibilita maior aproveitamento da produção nacional e reduz a dependência de importações. Além disso, cria um novo ponto de oferta no Sudeste, com impactos positivos sobre a competitividade do gás para usos industriais, termelétricos e no setor de fertilizantes.

A infraestrutura associada à Rota 3 também deve viabilizar a instalação de novos empreendimentos térmicos e projetos industriais no entorno do Complexo de Itaboraí, com potencial de geração de emprego e dinamização econômica regional.

A iniciativa reforça o papel do gás natural como combustível de transição e destaca a importância de políticas de infraestrutura integradas à política energética.

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Mercado – Baterias | Segmento deve movimentar R$ 22,5 bilhões no Brasil até 2030 https://www.urbanovitalino.com.br/mercado-baterias-segmento-deve-movimentar-r-225-bilhoes-no-brasil-ate-2030/ Fri, 23 May 2025 19:08:14 +0000 https://www.urbanovitalino.com.br/?p=34784 Estudo de mercado divulgado neste mês por consultorias de renome projeta que o setor de armazenamento de energia no Brasil deve movimentar até R$ 22,5 bilhões até 2030, considerando aplicações em projetos de geração, redes inteligentes e consumidores finais. O volume representa um salto em relação ao patamar atual e confirma o papel estratégico das baterias no processo de transição energética.

O ano de 2024 já indicou essa tendência: a demanda por sistemas BESS (Battery Energy Storage Systems) cresceu 89% em comparação com o ano anterior, puxada por projetos do setor comercial e industrial, iniciativas de autoprodução e estruturas híbridas com geração solar.

A expansão, no entanto, ainda esbarra na ausência de uma regulação específica e completa para o setor. A Consulta Pública nº 39/2023, aberta pela ANEEL, sinaliza avanços, mas ainda não há definição formal sobre os critérios tarifários e os modelos de remuneração aplicáveis aos sistemas de armazenamento.

Enquanto isso, empresas vêm se antecipando com soluções técnicas e contratuais que operam nas brechas existentes, apostando que a regulação futura consolidará o espaço das baterias como ativo complementar à geração e à flexibilidade da rede.

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Regulatório – Eólicas offshore |Congresso avaliará vetos da Lei nº 15.097/2025 em meio à divulgação da MP da Reforma https://www.urbanovitalino.com.br/regulatorio-eolicas-offshore-congresso-avaliara-vetos-da-lei-no-15-097-2025-em-meio-a-divulgacao-da-mp-da-reforma/ Fri, 23 May 2025 19:07:33 +0000 https://www.urbanovitalino.com.br/?p=34782 O Congresso Nacional deverá analisar em breve os vetos presidenciais à Lei nº 15.097/2025, que instituiu o marco legal das eólicas offshore.

Entre os dispositivos vetados estão a contratação obrigatória de térmicas a gás natural com operação mínima de 70%, a prorrogação de subsídios ao carvão até 2050, a aquisição compulsória de energia de PCHs e a ampliação de benefícios à geração distribuída. A exclusão desses pontos visou preservar uma das premissas da futura MP e reduzir pressões sobre a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE).

Estudos de mercado indicam que a reinclusão dos dispositivos pode elevar significativamente os custos do setor e agravar o curtailment de renováveis, comprometendo a flexibilidade operativa do sistema. Estimativas apontam que os cortes na geração eólica e solar poderiam dobrar até 2030, alcançando cerca de 3.000 MW médios (em base anual). Portanto, a decisão do Congresso pode impactar diretamente a racionalidade regulatória do que se pretendeu pela MP e influenciar a trajetória da transição energética no país.

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Regulatório – Reforma Setorial | Medida Provisória é publicada e direciona seu maior vetor no elemento social https://www.urbanovitalino.com.br/regulatorio-reforma-setorial-medida-provisoria-e-publicada-e-direciona-seu-maior-vetor-no-elemento-social/ Fri, 23 May 2025 19:06:33 +0000 https://www.urbanovitalino.com.br/?p=34780 A Medida Provisória que consolida os principais pontos da reforma do setor elétrico foi assinada em 21 de maio. O texto reflete quatro eixos centrais.

O primeiro aspecto pretendido pela MP é a isenção total da fatura de energia para consumidores de baixa renda com consumo de até 80 kWh por mês, ampliando o alcance da Tarifa Social. A medida busca aliviar a pressão tarifária sobre as famílias vulneráveis, mas, paradoxalmente, carrega a CDE e enfraquece a lógica de redução dos subsídios cruzados, defendida como princípio basilar da própria iniciativa legislativa.

O segundo ponto é a abertura do mercado livre para consumidores em baixa tensão. A mudança será escalonada: em 2026, alcança unidades comerciais e industriais; em 2027, chega ao consumidor residencial.

O terceiro eixo é o fim do desconto nas tarifas de uso (TUST/TUSD) para fontes incentivadas, à medida que os contratos registrados na CCEE forem expirando. A mudança tem provocado forte reação do setor renovável, que vê na proposta um desestímulo a novos empreendimentos e uma quebra de expectativa/estabilidade regulatória.

Por fim, o quarto ponto é o novo paradigma do modelo de autoprodução de energia. A partir da nova regra, os benefícios passam a ser limitados ao consumo próprio dentro da SPE e, além disso, impõe o autoprodutor equiparado em junção mínima de 30MW, composta por cargas individuais mínimas de 3MW. Esta também é uma mudança que promete acalorados debates durante o curso das discussões pretendidas pela reforma.

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Regulatório – Tarifas | ANEEL regulamenta efeitos tarifários da quitação antecipada das contas covid e escassez hídrica https://www.urbanovitalino.com.br/regulatorio-tarifas-aneel-regulamenta-efeitos-tarifarios-da-quitacao-antecipada-das-contas-covid-e-escassez-hidrica/ Mon, 28 Apr 2025 14:50:41 +0000 https://www.urbanovitalino.com.br/?p=34567 Durante Reunião Pública Ordinária realizada em 8 de abril, a ANEEL aprovou alterações nos submódulos 4.4, 4.4 A e 5.2 do PRORET para incorporar os efeitos tarifários decorrentes da quitação antecipada das Contas Covid e Escassez Hídrica, conforme previsto na Portaria Interministerial MME/MF nº 1/2024. A medida regulamenta a aplicação da MP nº 1.212/2024, que autorizou o uso antecipado dos recursos da Eletrobras – originalmente previstos para os anos de 2025 a 2027 – para amortizar os empréstimos setoriais vinculados à Conta de Desenvolvimento Energético (CDE). A Consulta Pública nº 29/2024, que embasou a decisão, recebeu 20 contribuições de oito agentes; nove foram acatadas. A ANEEL também determinou que, em até 30 dias, a área técnica publique explicações claras no site da Agência, com foco na transparência e compreensão dos efeitos tarifários por parte dos consumidores.

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Transmissão | ANEEL intensifica fiscalização nas obras do Linhão entre Boa Vista e Manaus https://www.urbanovitalino.com.br/transmissao-aneel-intensifica-fiscalizacao-nas-obras-do-linhao-entre-boa-vista-e-manaus/ Mon, 28 Apr 2025 14:49:38 +0000 https://www.urbanovitalino.com.br/?p=34565 A ANEEL iniciou, no final de março, uma fiscalização especial nas obras do Linhão de 720 km que conectará Boa Vista (RR) a Manaus (AM), integrando finalmente o estado de Roraima ao Sistema Interligado Nacional (SIN). Atualmente, Roraima opera de forma isolada com geração térmica, enfrentando custos elevados e riscos operacionais. A fiscalização ocorre dentro de um regime especial montado pela Agência, dada a relevância estratégica do empreendimento, cuja concessão pertence à Transnorte Energia S.A. (TNE). A equipe da ANEEL está inspecionando trechos críticos da linha e subestações como Lechuga, Equador e Boa Vista, além de acompanhar etapas como montagem de torres, lançamento de cabos e terraplenagem. Ao todo, o projeto contará com 1.390 torres — 38% estaiadas e 62% autoportantes — distribuídas em sete trechos. A expectativa é que o avanço físico seja mantido dentro dos cronogramas, sob vigilância contínua da regulação.

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Regulatório – Reforma | PL do setor elétrico avança, mas amplia subsídios e gera cautela no Congresso https://www.urbanovitalino.com.br/regulatorio-reforma-pl-do-setor-eletrico-avanca-mas-amplia-subsidios-e-gera-cautela-no-congresso/ Mon, 28 Apr 2025 14:49:09 +0000 https://www.urbanovitalino.com.br/?p=34563 O Ministério de Minas e Energia (MME) enviou à Casa Civil, em 16 de abril, o projeto de lei com a nova proposta de reforma do setor elétrico. A minuta foi bem recebida por agentes e especialistas por contemplar medidas há muito esperadas, como a abertura total do mercado até 2028 — com consumidores de baixa tensão podendo escolher seus fornecedores a partir de março de 2027 — e a reformulação da Tarifa Social de Energia Elétrica (TSEE). A proposta também encerra os descontos nas tarifas de uso para fontes incentivadas no segmento de consumo e revisa os critérios de autoprodução.

A Abraceel defendeu o mercado livre como um mecanismo democrático e ressaltou que a proposta corrige distorções que reforçavam desigualdades sociais. Para Edvaldo Santana, ex-diretor da ANEEL, o texto representa uma ruptura positiva com medidas populistas anteriores, como a MP 579/2012.

Apesar disso, pontos sensíveis permanecem: a ampliação dos subsídios via Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) preocupa pela transferência de encargos aos demais consumidores; e há o temor de que, durante a tramitação no Congresso, sejam inseridos dispositivos estranhos ao objeto da reforma — os chamados “jabutis”. O projeto, portanto, caminha em direção à modernização, mas exigirá vigilância técnica e política para manter seu equilíbrio estrutural.

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